Eu não sei quanto a vocês mas, a história da minha barba remonta aos idos anos 90 em que num sábado de manhã qualquer acordo e decido ir à casa de banho, pegar na gilette do meu pai e rapar os pêlos que tinha no bigode (vulgarmente conhecido por buço).
Foi este o dia que mudou a minha vida para todo o sempre...
Não mudou nada.
Ninguém notou.. ninguém disse mada.. ninguém me deu os parabéns por ter alcançado este feito marcante... nada.
Quando tinha os meus, vá lá, 17 anos o meu pai ofereceu-me uma máquina de barbear.
Era simples, eficaz e apesar de não a ter utilizado muito no início, a verdade é que a partir de determinado ponto da minha vida ru já não podia viver sem a minha miuda.
Para os que não sabem eu explico: o facto de não ter de molhar as mãos ou a cara, de não usar uma ou mais gilettes por mês, de não ter que encher a cara de espuma de barbear, de não fazer barulho a bater a gilette na bacia para remover os pêlos, de não nos cortar a cara (esta é para os nabos).... enfim.. tantas coisas que é possível evitar tendo apenas uma máquina de barbear.
Pronto, ok.. tem um aspecto menos positivo... o facto dos pêlos sujarem tudo e irem para todo o lado se não forem devidamente controlados.
Bom, a máquina que o meu pai me tinha dado estragou-se em meados de Junho ou lá quando foi e, desde então, que a minha vida tem sido dolorosa.
Eu deixava a barba por desfazer muitas vezes porque não me apetecia ter o trabalho todo do ritual da espuma e gilette. Até porque o resultado final não era bom. Não gosto de me ver com barba feita a gilette. Eh pah não gosto.
Depois de muito penar, este Natal vinha no meu sapatinho das prendas uma máquina de barbear toda xpto... e quão feliz eu estou.
Neste momento tenho uma segunda vida, uma segunda oportunidade para ser feliz, agora vejo uma luz ao fundo do túnel, agora sei que o mundo é redondo e gira muitas vezes. Agora sim!
Se nunca utilizaram uma cena destas não sabem o que perdem. Acho mesmo que o governo devia de oferecer uma máquina de barbear a tudo o que é português ... ah desculpem, não estamos no socialismo.
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